Os primeiros dias de Junho têm-nos surpreendido com constantes mudanças no estado do tempo. Há dias, numa passagem pela Foz do Sabor, sob um calor abrasador, fiz esta fotografia do rio Sabor, pouco antes de se juntar ao Douro.
4 comentários:
J. Rodrigues Dias
disse...
Olá:
Uma das imagens que sempre me ficou, que esta recorda, é a da violência das águas contra as margens ... e a da violência das margens que comprimem as águas!
Olá! Lindo sitio do encontro das águas do Sabor com o Douro. Como não poderia deixar de ser, um poema do meu poeta predileto, Mário Quintana!
Deixa-me seguir para o mar
Tenta esquecer-me... Ser lembrado é como evocar Um fantasma... Deixa-me ser o que sou, O que sempre fui, um rio que vai fluindo... Em vão, em minhas margens cantarão as horas, Me recamarei de estrelas como um manto real, Me bordarei de nuvens e de asas, Às vezes virão a mim as crianças banhar-se... Um espelho não guarda as coisas refletidas! E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar, As imagens perdendo no caminho... Deixa-me fluir, passar, cantar... Toda a tristeza dos rios É não poder parar!
Try to forget me… To be remembered is like evoking a ghost… Let me be what I am, What I have always been, A flowing river… The hours will sing, in vain, Along my river banks. I will adorn myself with stars Like a royal mantle. I’ll be embroidered with clouds and wings, Children will, now and then, Bathe themselves in me… A mirror does not keep the things it reflects!
And my fate is to move on… Move on toward the sea, Losing what I reflect along the way… Let me flow, let me pass, let me sing… The sadness of all rivers Is that they cannot linger!
(Translated by John D. Godinho) Try to Forget Me in Nova Antologia Poética
4 comentários:
Olá:
Uma das imagens que sempre me ficou, que esta recorda, é a da violência das águas contra as margens ... e a da violência das margens que comprimem as águas!
Um abraço,
J. Rodrigues Dias
Olá!
Lindo sitio do encontro das águas do Sabor com o Douro.
Como não poderia deixar de ser, um poema do meu poeta predileto, Mário Quintana!
Deixa-me seguir para o mar
Tenta esquecer-me...
Ser lembrado é como evocar
Um fantasma...
Deixa-me ser o que sou,
O que sempre fui, um rio que vai fluindo...
Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
Me recamarei de estrelas como um manto real,
Me bordarei de nuvens e de asas,
Às vezes virão a mim as crianças banhar-se...
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar,
As imagens perdendo no caminho...
Deixa-me fluir, passar, cantar...
Toda a tristeza dos rios
É não poder parar!
Abraço
Wanda
São Paulo, 17 de junho de 2009
Mario Quintana in English
Try to forget me…( Tenta esquecer-me…)
Try to forget me…
To be remembered is like evoking
a ghost…
Let me be what I am,
What I have always been,
A flowing river…
The hours will sing, in vain,
Along my river banks.
I will adorn myself with stars
Like a royal mantle.
I’ll be embroidered
with clouds and wings,
Children will, now and then,
Bathe themselves in me…
A mirror does not keep
the things it reflects!
And my fate is to move on…
Move on toward the sea,
Losing what I reflect along the
way…
Let me flow, let me pass,
let me sing…
The sadness of all rivers
Is that they cannot linger!
(Translated by John D. Godinho)
Try to Forget Me in Nova Antologia Poética
Tão linda a minha terra e agora tão distante..saudade é o que resta..voltarei um dia?
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