O Núcleo Museológico do Douro Superior abriu hoje portas. Este espaço nasceu do gosto e persistência de Arnaldo Silva que lutou por este momento nos últimos quatro anos.
A cerimónia iniciou-se com um concerto dado por um grupo de alunos da Academia de Música de Mirandela (Esproarte) na capela da Misericórdia, a poucos metros de distância do edifício recuperado para a instalação do núcleo museológico. De seguida foi descerrada uma lápide comemorativa do evento e cortada a fita. Já no interior, ouviram-se algumas palavras de louvor ao empenho do mentor do projecto e referências à importância do mesmo. O senhor cónego Sobrinho rezou uma pequena oração e foi servido um Porto de Honra.
Foi o momento dos presentes apreciarem o acervo do espaço, enquanto desfolhavam o primeiro número da revista Superior D’ouro, que foi distributiva.
Alguns prestaram especial atenção às pessoas que aprecem nalgumas fotografias, reconhecendo antepassados ou algumas figuras mais conhecidas da vila ou das aldeias, outros concentraram a sua atenção no já vasto conjunto de máquinas existentes, documentando várias décadas da história da fotografia: câmaras fotográficas, ampliadores, câmaras de filmar, máquinas de projectar e um sem número de acessórios para captar ou processar as imagens. Para os mais interessados na fotografia em si, não falta um pequeno historial, desde os primórdios até à actualidade, com placares explicativos dos diferentes processos de revelação.
O espaço, que não é muito vasto, foi recuperado com muito bom gosto e está completamente preenchido proporcionando uma agradável visita. Estão em destaque a Linha do Sabor, a cultura da amêndoa, o trabalho do barro no Felgar, a exploração mineira, etc.
Por fim todos os presentes se deslocaram para torreão da entrada medieval da vila de Torre de Moncorvo onde foi servido um buffet. Foi também uma oportunidade única para conhecer a pequena capela de Nossa Senhora dos Remédios, anterior ao séc. XVIII, construída sobre a única entrada ainda existente para muralhas do castelo.
9 comentários:
Felicito o amigo Arnaldo por ter concretizado um sonho. Felicito o Aníbal por ter captado o momento e o mostrar.
Foi com grande satisfação que estive presente.
Parabéns, Arnaldo. Tanto mais que foi uma tarefa que teve algumas etapas que exigiram um esforço acrescido.
Saibamos agora valorizar a pérola que ali está disponível para quem a queira apreciar.
Venham ver. Vale a pena.
Por mim quero lá voltar, agora sem aquele mar de gente, e apreciar cada imagem com o vagar e calma que merecem. Os oleiros da minha terra estão lá, naquela imagem esplêndida,a chamar por mim e a receber os visitantes.
Felicitações renovadas!
A. Manuel
Parabéns ao Prof.Arnaldo por esta magnífica iniciativa.Que tenha muitas visitas,que tenha muito êxito e que iniciativas idênticas tenham lugar na nossa terra.Moncorvo tem muitas mais pessoas de valor.Que se multipliquem as exposições,que se publiquem mais livros,que se descubram mais personalidades de outros tempos.E, sobretudo, que não haja rivalidades.Para bem de Moncorvo.
Moncorvense exilado
Parabéns ao professor Arnaldo, por esta sua "criação", dando assim a conhecer os antepassados da região.
Tive pena de não estar presente na inauguração, mas por razões pessoais não me foi possivel estar presente, deixando aqui as minhas desculpas ao professor.
Parabéns também ao Aníbal por esta magnífica postagem, para quem não podê estar presente, poder ter um cheirinho do que como foi a inauguração e abertura ao público do Núcleo Museológico do Douro Superior
Jorge Delfim
Com muita pena não pude estar presente. Mas pelas fotos, fiquei com a necessidade de a próxima vez que for a Moncorvo, visitar com atenção e tempo, esta memória fixa que só a fotografia consegue. Está de parábens o Arnaldo, mas, sobretudo, Moncorvo.
Ao criar o Núcleo Museológico do Douro Superior ,Moncorvo ficou enriquecida com mais um pólo cultural a acrescentar à Biblioteca, ao Centro de Memória ,ao Museu do Ferro e da Região de Moncorvo,ao Cineteatro e ao novo Celeiro. A importância deste núcleo é inquestionável, e deve-se destacar que é fruto da iniciativa privada .O professor Arnaldo, depois de anos de busca, pesquisa ,compra e de ofertas, reuniu a memória fotográfica da região, com destaque para Moncorvo .Um século de memória fotográfica está à disposição de investigadores, interessados e público em geral ,por vontade de um moncorvense de opção.
Por razões pessoais ,não pude estar presente ,mas acompanhei a montagem final e sei o esforço e o valor que a antiga residência do senhor Chico Cabeças ,fotógrafo “à lá minuta”,representam para o Arnaldo, sua família e todos nós.
Leonel Brito
P.S. Um obrigado ao Aníbal pela reportagem.
Depois da enorme frustação cultural que senti na manhã do dia 11 na capital do distrito em mais uma itinerância fracassada á cata de 2 livros, tive em contrapartida, dia 12, o enorme prazer de ter presenciado uma linda manifestação cultural, ainda por cima sabiamente promovida por um particular que sonhou, acreditou, e a obra nasceu.
Está,pois, de parabéns o Prof. Arnaldo pela obra que criou,pelo excelente legado que nos quis mostrar e pela super bem arrumada exposição da qual,tenho a certeza, toda aquela pequena multidão de caras conhecidas e desconhecidas adorou.
É também tempo de publicamente dar o braço a torcer e admitir a minha mea culpa quando tantas lhe dizia que se deixasse de maluqices, quando, afinal, esta obra é uma autêntica pedrada no charco...
Moncorvo ficou culturalmente bem mais rico.
saudações pucareiras
C.S.
Foi um dia histórico para os moncorvenses. O Arnaldo teve a alegria de ter concretizado o seu sonhado espaço museológico, para mostar com dignidade, o mais completo espólio de imagem sobre nossa região, que urge agora saber preservar. Foi um dia lindo e um hino à amizade. Bem hajas Arnaldo.
Enhorabuena Arnaldo;tuve la suerte de ver la obra,allá por el verano pasado;creo que fué con el amigo Armando Goncalves que coincidimos.
Me alegré cuando lo vi,creo este domingo en el J.N.con fotos incluidas.
Suerte, que la tenacidad lo merece.Desde Salamanca.Angel
Arnaldo,
Parabéns pela ousadia, pela "loucura", sensibilidade e paixão implicadas nesta obra. E obrigado por nos teres presenteado com um espaço que mexe com o tempo e nos chega pela imagem que dele ficou. É esse o espanto e o encanto da fotografia, acho. E foi isso que nos trouxeste. E não foi coisa pouca!
Dizer ainda que senti uma alegria enorme porque "vi" a cultura brotar de uma fonte nova e diversa!...uma motivação e uma crença.
Manuela Aleixo
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